quinta-feira, 31 de maio de 2012

Lançamento do livro, "Sarriá 82 - O que faltou ao futebol-arte?"



Mesmo não conquistando o título, o Brasil disputou no mundial da Espanha em 1982, uma das suas melhores Copas. Sem dúvida, encantando muito mais do que nos títulos de 1994 e 2002. Era uma geração de craques jamais superada de lá pra cá. Sua base era formada por craques do calibre de Falcão, Zico, Sócrates, Cerezo, Leandro, Júnior e Éder. E, mesmo assim, o time perdeu. Porém, da mesma forma que o próprio Brasil de Zizinho, em 1950; da Hungria de Puskas, em 1954; e da Holanda de Cruyff, em 1974, o time brasileiro ficou guardado no coração pelos amantes do futebol-arte. Nessa obra, o leitor poderá entender melhor, depois de 30 anos, porque isso aconteceu. Renato Zanata e Gustavo Roman mergulharam fundo nessa história para resgatar um dos momentos mais gloriosos do futebol brasileiro. Pois se o Brasil não foi campeão, azar da Copa do Mundo!


Lançamento  do livro "Sarriá 82" -  Duas datas:

Dia 02 de julho, a partir das 19 horas, na livraria Travessa do Shopping Leblon.
Endereço: Av. Afrânio de Melo Franco, 290 Leblon - Rio de Janeiro
Contato: (21) 2430-5122
 
Dia 03 de julho, a partir das 18 horas, na livraria Travessa do CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil).
Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 - Centro - Rio de Janeiro. Contato: (21) 3808-2020

Entre 02 de Abril de 1980 e 05 de julho de 1982, Telê Santana dirigiu a seleção brasileira em 37 partidas oficiais e uma não oficial. Deste total de 38 jogos, o Brasil venceu 29, empatou 6 e perdeu apenas 3.
Assistimos 25 dessas 38 partidas e mais 21 tapes da seleção brasileira na Era Claudio Coutinho para que pudéssemos analisar de forma mais abrangente o rendimento dentro do escrete canarinho de jogadores como Zico, Cerezo, Batista, Oscar, Sócrates, Falcão, Júnior e Éder. No total, revisamos 46 jogos, sendo que alguns deles mais de uma vez. Portanto, não há espaço aqui para ‘achismos’.

O Brasil de 82, excepcional com a bola nos pés, podia ter apresentado ainda mais qualidade em suas tramas ofensivas e, sem a bola, ter minimizado riscos, se Telê tivesse mantido o 4-3-3 pré-Copa do mundo e, a partir dele, mudado o posicionamento de Sócrates e escalado Batista e Paulo Isidoro, dois nomes que melhor equilibrariam taticamente aquele diferenciado escrete canarinho. Pois, mais do que os onze titulares que formaram uma fantástica seleção brasileira, Telê teve à sua disposição uma geração sustentada por vários outros jogadores não menos excelentes.


“O Brasil não ganhou a Copa disputada na Espanha, mas entrou na história. Como húngaros de 1954 e holandeses de 1974, os "canarinhos" de 1982 serão, pela eternidade, considerados superiores à maioria dos que levantaram o troféu. Mas por que perderam? O que explica os 2 a 3 protagonizados por Paolo Rossi?

Em busca de explicações para o que houve em 1982, Renato Zanata Arnos e Gustavo do Amaral Roman assistiram a 25 dos 38 cotejos protagonizados por aquela seleção. Analisaram taticamente o time e suas variações. Conversaram com jogadores e colheram depoimentos reveladores dos integrantes daquela equipe inesquecível.

Nas próximas páginas, você entenderá porque a seleção de Telê estava longe da perfeição. Conhecerá seus defeitos, vulnerabilidades, pontos fracos explorados pela Itália em 1982. E perceberá isso não apenas graças às análises dos autores, mas também pelas palavras dos atletas. Sim, se pudessem voltar lá, eles fariam diferente. Eu também.”

(Mauro Cezar Pereira, comentarista dos canais ESPN e da rádio Estadão-ESPN, além de colunista do jornal Marca Brasil, viu todos os jogos da Copa do Mundo de 1982)



“Qual é o enigma da Tragédia do Sarriá? Quanto mais informações chegam, menos conclusões tiramos. O ótimo livro dos amigos Gustavo Roman e Renato Zanata Arnos é a esperança diante desse mantra interrogativo. Roman, sobrenome de craque argentino, e Zanata, referência a um clássico apoiador brasileiro nos anos 70, estão dispostos a desmistificar esses fantasmas. Roman estuda jornalismo. Zanata é professor de História. Ambos amam o futebol. E se transportaram para os anos Pré-Mundial-82 e até a Copa da Espanha para tirar todas as nossas dúvidas. Viram e reviram os jogos. Entrevistaram personagens e testemunhas. Entraram dentro da história. Eu aposto nessa viagem, como sempre apostei no mega-time de Telê Santana.”

(Lédio Carmona, comentarista dos canais SPORTV)


“Brasileiro é arrogante que só ele e faz piada da prepotência argentina... Típico de quem se acha e, por tabela, se perde. No futebol, então, achamos que “nós vencemos o planeta” ou “nós perdemos para nós mesmos”. Não adianta falar que do outro lado havia Dino Zoff, dos maiores entre os goleiros. Um Gentile que não honrava o nome. Um líbero estupendo como Scirea. Um lateral excelente como Cabrini. Um meia elegante como Antognoni. Um ponta que foi o melhor da Copa como Bruno Conti. Um artilheiro e craque do torneio que desencantou no 5 de julho de 1982 como Paolo Rossi. Uma camisa forte como a azzurra.

O Brasil perdeu para ele mesmo! É assim que nos referimos à tragédia de Sarriá. É assim que quase sempre deixamos de vencer campeonatos. Exatamente por não entende que pode haver uma arma como o Rossi de 1982. Gênios como o Maradona de 1990 ou o Cruyff de 1974. Para não falar do Zinedine de 1998 e o Zidane de 2006.”

(Mauro Beting, 45, jornalista esportivo, é “filho adotivo” de futebol de Telê Santana, e um dos milhões de órfãos do Sarriá)



Entrevistados:

Zico, Júnior, Leandro, Oscar Bernardi, Batista, Paulo Isidoro, Adílio, e os jornalistas, Mauro Beting, Mario Marra, André Rocha e Ariel Judas.
Os autores

Gustavo do Amaral Roman tem 36 anos, estuda jornalismo e é um dos maiores colecionadores de jogos de futebol do mundo. Colabora com Mauro Beting em seus livros e blogs, já tendo participado de vários programas de Tv e rádio, como o Loucos por Futebol, e o Beting e Beting. Sempre foi apaixonado por futebol. Administra dois blogs. O www.futebolpitacos.blogspot.com, onde fala de futebol atual, e o http://www.futebolacervo.blogspot.com/ , onde fala da história do futebol.
Renato Zanata Arnos, niteroiense, 45 anos, formado em História, ex-comentarista da TV Esporte Interativo, administra em parceria com o jornalista e irmão, Wagner Bordin, o blog Futebol Argentino no portal Globoesporte.com, e também elabora análises táticas para o blog do jornalista Mauro Cezar Pereira, comentarista dos canais ESPN.


Sarriá 82 - O que faltou ao futebol-arte?

Coordenação editorial - Paschoal Ambrósio Filho e Roberto Sander
Preparação de originais - Adriana Giglio
Revisão - Dayse Tavares
Projeto gráfico e diagramação - Adriana Giglio
Capa - Julio Galhardo
Maquinária Editora
Rua Olegarinha, 47 – Grajaú
Rio de Janeiro, RJ – 20560-200
contato@maquinariaeditora.com.br

http://www.maquinariaeditora.com.br

terça-feira, 15 de maio de 2012

Flagrantes táticos da La U na histórica classificação para as quartas de final da Libertadores 2012

La U 6x0 Deportivo Quito (10/05/12)
Jogo da volta válido pelas oitavas de final da Copa Libertadores 2012
Estádio Nacional Julio Martír (Santiago / Chile)

A equipe chilena comandada pelo DT argentino, Jorge Sampaoli, se apresentou taticamente a partir de um 3-1-3-3. Confira:

*Paulo Cezar Magalhaes é volante, mas compôs linha de 3 na zaga chilena ao lado de Rojas e Mena

A La U também variou sem a bola para o 3-4-3 e 4-3-3, com o volante Marcelo Díaz aprofundando o seu posicionamento defensivo para compor uma linha de 4 a frente do goleiro Johnny Herrera. A equipe chilena marcou pressão, ora com 6, ora com 7 jogadores pressionando o adversário dentro da intermediária oposta.

De posse da bola a Universidad de Chile apresentou o 3-3-4 e até o 2-3-5 no primeiro tempo de partida quando construiu o placar de 3 a 0, com 8 jogadores protagonizando seguidas linhas de passe no campo defensivo do Deportivo Quito.
No 3-3-4, Díaz aprofundava seu posicionamento se colocando entre Rojas e Magalhaes, liberando Eugenio Mena para o apoio. Independentemente do posicionamento que ocupou, Marcelo Díaz foi o principal articulador da transição ofensiva da La U.
Vale ressaltar que Matías Rodríguez foi mais volante do que lateral ou ala, pois trabalhou mais por dentro, tendo como referência a meia direita.
O meia argentino Gustavo Lorenzetti, aniversariante do dia, atuou como um "falso nove" e foi o responsável por duas belas assistências à Junior Fernandes, autor dos 2 primeiros gols da partida.

Na segunda etapa o camisa 23 e volante, Sebastian Martínez entrou no lugar do também volante, Guillermo Marino. Como Martínez atuou na zaga e não na meia cancha, o 4-3-3 passou a ser o desenho tático de referência da La U. Esta opção tática adotada pelo DT Sampaoli possibilitou um aumento das projeções ofensivas por dentro do volante central Marcelo Díaz e do camisa 14 Magalhaes pela beirada direita do gramado. 
Ao retornar do intervalo com 3 gols na frente, a La U diminuiu a pressão na saída de bola equatoriana, recuou as suas linhas e passou a investir mais (não apenas) nos contragolpes.

Confira o campinho tático da Universidad de Chile no segundo tempo, quando ainda marcou mais 3 gols:

* Sebastian Martínez é volante, mas atuou formando dupla de zaga com o capitão José Rojas

Confira os 6 gols da La U:
Detalhe - No terceiro gol da Universidad de Chile, marcado por Marcelo Díaz, os 10 homens de linha da equipe chilena ocupavam o campo defensivo do Deportivo Quito