LDU (imagens e vídeo) e San Lorenzo de Bauza, novo técnico da seleção Argentina

 

 

 

1981 - Sem camisa, o zagueiro Bauza compartilha treinamento da seleção argentina com Kempes, Maradona e Olarticoechea, atual técnico da seleção olímpica celeste y blanco.

 

2008 - Na LDU do mundial de clubes da FIFA

 

No vídeo acima, relembre, na íntegra, a decisão do mundial de clubes da FIFA, edição 2008, quando a LDU de Edgardo Bauza vendeu caríssimo a derrota por apenas 1 a 0 para o Manchester United de Cristiano Ronaldo, Carlos Tévez, Rooney (autor do gol), Evra e Van Der Sar.

Posse de bola: Manchester United 56 x 44 LDU.

O time de Bauza, ciente da escancarada inferioridade técnica, foi flagrado no 4-4-2, marcando a partir do grande círculo, com Bieler e Manso dentro do campo contrário. Mas, a primeira boa chance de gol da partida foi do time equatoriano, em lance de bola parada efetuada pelo enganche argentino. Os ingleses ainda tiveram um jogador expulso e no último lance do jogo, Manso efetuou belo arremate de fora da área obrigando Van Der Sar a fazer uma difícil intervenção.

2010 - LDU no título da Recopa Sul-Americana
No segundo importante título que conquistou comandando a Liga Deportiva de Quito, Edgardo Bauza levou a melhor sobre o Estudiantes de Alejandro Sabella. Venceu no jogo de ida, no Equador, e segurou um empate na peleja de volta, na Argentina.
No cotejo em que venceu por 2 a 1 e se sagrou campeão da Recopa Sul-Americana 2010, Patón Bauza aplicou, em seus domínios, um 3-4-1-2, sistema tático mais usual naquela LDU, quando mandante.

Mesmo jogando em casa, a LDU teve menos posse de bola (muita troca de passes no campo defensivo e chutões) e apostou nos contragolpes, onde o protagonista (mesmo sem muita liberdade para criar) foi o equatoriano baixinho, habilidoso e meia-atacante, Christian Lara. O camiseta 10 foi o principal responsável por deixar o pirata Hernán Barcos de frente pro crime, como na diagonal que fez do centro para o lado esquerdo do ataque, de onde assinou bela assistência no primeiro gol da equipe de Bauza contra os Leões de La Plata dirigidos por Sabella.

*Vale o registro: com apenas 17 minutos de bola rolando a LDU já vencia por 2 a 1.

Confira os campinhos táticos dos 2 jogos, publicados no diário Olé:

2014 - No San Lorenzo

Na próxima quarta-feira, 17/12, a partir das 17:30, horário de Brasília, o San Lorenzo de Almagro fará seu debut no mundial de clubes FIFA - 2014, enfrentando o Auckland City da Nova Zelândia.

Canecos recentes

Detentor de 15 títulos da Primeira Divisão (três na Era Amadora), o San Lorenzo de Almagro, um dos cinco grandes do futebol argentino, possui em sua estante de troféus internacionais a Copa Mercosul de 2001, quando venceu o Flamengo na finalíssima, a Copa Sul-americana de 2002, derrotando na decisão os colombianos do Atlético Nacional, e a 55ª edição da Copa Libertadores da América.

No primeiro semestre deste ano, finalmente o time do Papa Francisco I conquistou o caneco da mais cobiçada competição continental. De quebra, deu um basta na clássica provocação dos seus rivais que costumavam brincar com a sigla CASLA (Club Atlético San Lorenzo de Almagro), alterando-a para “Club Atlético Sin (sem) Libertadores de América”.

Depois de levantar o caneco do Torneio Clausura 2007, o San Lorenzo de Narciso Doval e “El Lobo” Fischer voltou a ser campeão nacional no final do ano passado ao conquistar o Torneio Inicial 2013, ano em que também foi vice-campeão da Copa Argentina ao ser batido na final pelo Arsenal de Sarandí. O bom trabalho de Juan Antonio Pizzi, técnico exitoso em 2013, fez com que o San Lorenzo de Almagro perdesse o seu treinador para o futebol europeu, mas precisamente, para o Valencia da Espanha.

Edgardo Bauza

Foi o técnico que conduziu à LDU ao título da Libertadores de 2008 ao bater o Fluminense nos pênaltis, em um Maracanã lotado. Também com a LDU, Patón Bauza conquistou a Recopa Sul-americana de 2010 ao derrotar o Estudiantes de La Plata do técnico Alejandro Sabella, e dirigindo o San Lorenzo de Almagro, chegou ao seu segundo título de campeão da Copa Libertadores da América.

O mesmo Bauza que comandou como técnico o também argentino Rosário Central, clube que levou ao vice-campeonato da Copa Conmebol de 1998 e as semifinais da Copa Libertadores 2001. Já o zagueiro Bauza defendeu a camiseta do Rosário Central entre os 1977/82; 1986/89 e 1992. Por lá, foi duas vezes campeão argentino: Em 1980 e na temporada 1986/87. Na Copa do Mundo de 1990, Bauza fez parte do plantel albiceleste que logrou o segundo lugar na competição.

Com relação aos títulos nacionais como técnico, el Patón traz no currículo o Clausura peruano de 2004 dirigindo o Sporting Cristal e os canecos da Série A equatoriana de 2007 e 2010 comandando a LDU.


Copa Libertadores 2014

 Campinho tático como os “titulares ideais” do técnico Bauza, antes da bola rolar pela fase de grupos da Copa Libertadores 2014:

PS: Valdés com vantagem sobre Cetto.

Fonte: Diário Olé

 

PS: Em virtude do cartão vermelho que tomou na partida contra o River Plate na Copa Sul-americana 2012, o capitão e titular da zaga azul grená, Pablo Alvarado, só poderia defender o San Lorenzo após as três primeiras rodadas da Copa Libertadores 2014. Entretanto, em março de 2014, Alvarado se transferiu para o Racing Club.

Sistema tático de referência: 4-4-2 (4-4-1-1)

No arco - Sebá Torrico (34 anos, 1.86 cm. No Torneio Inicial 2013, ficou 628 minutos (6 rodadas) sem levar gol, marca que o promoveu ao posto de segundo goleiro da história do San Lorenzo que mais tempo ostentou uma meta invicta)

Primeira linha

- Julio Buffarini (‘el Beckhan de Boedo’ é volante de origem)

- Carlos Valdés (colombiano de seleção, indicado ao clube por Bauza, jogou até  às quartas. Contrato rescindido por não voltar a treinar após Copa do Mundo e insinuar via twitter sobre 5 meses de salários atrasados. Voltou ao Philadelphia Union dos EUA)

- Santiago Gentiletti (companheiro de Mercier e Ortigoza no Argentinos Juniors campeão do Clausura 2010. Está na Lazio)

- Emmanuel Mas (Foi se firmando como titular após a chegada do Bauza, treinador que o vê como um jogador capaz de agregar mais rapidez, agilidade e ofensividade ao setor do que o ex-titular do posto, Walter Kannemann, a quem Bauza considera melhor aproveitado se escalado como zagueiro)

Segunda linha

– Leandro Romagnoli (foi alternando a titularidade e perdendo espaço para Héctor Villalba na fase de grupos. Expulso nas quartas-de-final, partida de volta contra o Cruzeiro, retornou bem a partir das semifinais ocupando a vaga de Ángel Correa e na última partida da finalíssima foi escalado junto com Villalba na segunda linha do 442 de Bauza)

- Néstor Ortigoza (seleção do Paraguai na Copa de 2010) e Juan Mercier (campeões no Argentinos Juniors no Clausura 2010, ano em que foram considerados a melhor dupla de volantes do país, mesmo com um Estudiantes de La Plata contando com a parceria Braña e La Brujita Verón)

-  Ignacio Piatti (o bom meia foi artilheiro do time no Torneio Inicial 2013 com 8 gols e na Copa Argentina do mesmo ano, quando balançou as redes adversárias 4 vezes. Se transferiu para o Montreal Impact – Canadá)

Dupla de frente

- Ángel Correa (um aneurisma coronário o tirou da semi e da final. Está no Atlético de Madrid e figura entre os pibes da seleção argentina sub 20 que tentará fazer história conquistando o tricampeonato olímpico dentro do Brasil em 2016)

- Nicolás Blandi (O ex-Boca Juniors foi uma contratação pedida por Bauza, mas por baixo rendimento perdeu o posto para o ex-Quilmes Mauro Matos a partir das oitavas-de-final da Libertadores2014).

Se comparado ao San Lorenzo de Pizzi – mais posse, fazendo bola rodar pela cancha, mais toques – o Ciclón de Bauza foi mais vertical, retomando o balão e protagonizando contragolpes com menos toques na pelota, explorando mais os flancos através de uma presença maior dos seus laterais dentro do campo contrário, com Villalba aprofundando jogadas pela direita em auxílio ofensivo ao ‘Beckhan de Boedo’, Julio Buffarini. Emannuel Mas fazendo o mesmo pelo lado esquerdo, com um Piatti buscando a faixa central para tramar mais próximo de Ortigoza, Ángel e Matos. Confira o campinho tático:

 

 

 

Mundial de Clubes 

Fonte: Diário Olé

 

Sistema tático: Temos a substituição do 4-4-2 da Copa Libertadores pelo 4-5-1 (4-1-4-1) como desenho tático de referência.

Portanto, o técnico cuervo não poderá contar neste mundial de clubes com a dupla de zaga (Valdés e Gentiletti) que encarou, e bem, Grêmio (oitavas) e Cruzeiro (quartas), os adversários mais qualificados na trajetória do seu San Lorenzo até a competição no Marrocos. Das atuais opções para formar a dupla de zaga titular, Bauza se definiu nesta segunda-feira, 15/12, por dos defensores canhotos para formar a dupla de zaga. Refiro-me ao experiente colombiano Mario Yepes e a Walter Kannemann (Bauza prefere utiliza-lo como zagueiro e não como lateral esquerdo como fazia Pizzi). E Mauro Cetto, conhecido de Bauza dos tempos de Rosário Central e companheiro de Yepes no francês Nantes, ficará como opção no banco de suplentes.
No setor de meia cancha, Bauza ainda não conta com um Leandro Romagnoli 100% no quesito ritmo de jogo, pois o meia recém se recuperou de uma fratura e luxação no cotovelo esquerdo.

Edgardo Bauza também já não conta mais com Ángelito Correa e Ignacio Piatti, seus principais destaques na segunda metade da cancha dentro da Copa Libertadores 2014.

Outro destaque no setor de meia cancha do atual elenco cuervo é o volante Enzo Kalinski (27 anos, argentino/polonês, que se destacou no Quilmes Atl Club), meio-campista versátil que acabou barrando o meia Leandro Romagnoli na estreia contra o Botafogo, peleja válida pela fase de grupos, já que Romagnoli não vinha rendendo tecnicamente tudo o que sempre se espera dele.

- Gonzalo Verón e Martín Cauteruccio (durante a Libertadores Bauza não pôde contar com o faro de gol de Martín Cauteruccio e a velocidade de Gonzalo Verón, atacantes utilizados por Juan Pizzi em 2013, pois estes se encontravam em recuperação da ruptura dos ligamentos cruzados do joelho direito)

- Pablo Barrientos (29 anos, enganche de origem, cria do clube, voltou ao San Lorenzo na reta final da Copa Libertadores 2014 após sua segunda passagem pelo Catania da Itália. Passou a ter mais oportunidades com Bauza depois que Piatti deixou o clube)

Os 23 jogadores convocados por Bauza para a disputa do mundial de clubes FIFA 2014, são:

Goleiros - Sebastián Torrico, Leo Franco e José Devecchi.

 Defensores - Mauro Cetto, Walter Kannemann, Emmanuel Mas, Mario Yepes, Fabricio ‘Puyol’ Fontanini, Matías Catalán e Ramiro Arias.

Meio-campistas - Pablo Barrientos, Julio Buffarini, Leandro Romagnoli, Juan Ignacio Ca vallaro, Enzo Kalinski, Juan Mercier, Néstor Ortigoza e Facundo Quignón (21 anos, volante canhoto de muito boa técnica, cria do River Plate, clube pelo qual conquistou a Libertadores sub 20 de 2012 formando um doble 5 com Matías Kranneviter)

Atacantes - Mauro Matos, Martín Cauteruccio, Gonzalo Verón, Héctor Villalba e Nicolás Blandi.  

No último campeonato argentino

Embora tenha terminado o último campeonato argentino ocupando a modesta oitava colocação na tabela, este San Lorenzo de Bauza se despediu da competição com duas vitórias categóricas. Diante da sua torcida meteu 4 a 0 no Estudiantes de La Plata. Na última rodada, no José Amalfitani, ganhou do Vélez por 2 a 0, partida em que se destacaram os meio-campistas Enzo Kalinski e Pablo Barrientos, em um Ciclón que apresentou entre os titulares o promissor e já citado volante Facundo Quignón.

 

 

Flagrantes do 4-1-4-1 cuervo na goleada aplicada pra cima do Estudiantes de Maurício Pellegrino. Com nove homens atrás da linha da bola, observamos um Ciclón que cede terreno para buscar dar o bote na altura da linha média e responder em contragolpes protagonizados por um Barrientos com total liberdade de movimentação ou aplicando passes longos, um lado direito veloz e incisivo com Buffarini e Verón, e com Ortigoza e Kalinski capitaneando a transição ofensiva.

A partir do  desenho tático 4-1-4-1, esta é a  provável escalação para o debut de amanhã:

 Flagrantes táticos do San Lorenzo de Bauza na finalíssima contra o Real Madrid. Patón organizou o quadro cuervo a partir de um compacto 4-1-4-1, que também pressionou a saída de bola do esquadrão merengue.
Um gol em lance de bola parada (escanteio), concluído com cabeçada de Sergio Ramos, e um tento assinalado por Bale, que contou com uma baita falha do arqueiro Torrico, construíram o placar de 2 a 0 para o Real Madrid