Na
prancheta: O 433 argentino no primeiro tempo de partida:
Mais uma vez, encarando um
amistoso como se fosse partida valendo três pontos, a seleção Argentina do
técnico Tata Martino, organizada a partir de um 433 - com bastante projeção dos
laterais, movimentação e inversão de posicionamento dos ponteiros e do
meio-campista criativo Javier Pastore - atropelou a Bolívia de Pablo Escobar e
Marcelo Moreno.
O cronômetro ainda marcava
10 minutos da segunda etapa e o escore já era de 5 a 0, três gols de Sergio
Aguero e dois do capitão Ángel Di Maria. Resultado que saiu barato para o
selecionado boliviano.
Roncaglia e Marcos Rojo se
conectavam constantemente com os extremos, Lavezzi e Di Maria; Fernando Gago
atuando como volante central e realizando um aprofundamento defensivo se
alinhando a dupla de zaga Garay e Otamendi, para liberar o avanço dos laterais;
Banega e Pastore acionando o trio de frente com passes curtos e longos; marcação
pressão na saída de bola adversária, como no lance em que roubou bola após
cobrança de lateral pelo lado direito da defesa boliviana e quase abriu o
marcador com apenas 43 segundos de bola rolando. Flagramos um dinâmico 433 à la Newell’s Old Boys 2013, dirigido
pelo próprio Gerardo Tata Martino.
No tento que abriu o placar,
Pastore e Di Maria inverteram seus posicionamentos e foi o jogador do PSG que assinou assistência para o primeiro gol
do jogador do Manchester United na peleja amistosa. No terceiro gol argentino,
segundo de Aguero, Di Maria foi o responsável pela assistência, em passe
efetuado pelo lado direito do ataque.
Pastore também foi quem deu
passe para Aguero protagonizar uma bela jogada e assinalar o quarto tento da
Argentina no jogo. O cordobés, El Lírico
Javier Pastore, participou com destaque na jogada que culminou com penalidade
máxima convertida por Di Maria, dando números finais ao placar em San Juan.
Muito bom o desempenho da dobradinha, Banega e Pastore. Dor de cabeça para o
maestro Tata quando puder contar com o Lucas Biglia. Optar por mais solidez
defensiva escalando Biglia ou manter um Banega que vive ótimo momento no Sevilla
e aporta mais criatividade na segunda metade da cancha a serviço dos homens de
frente?
Em muitas tramas os laterais
se projetavam ao mesmo tempo – sem brilhantismo - como em lance aos 26 do
primeiro tempo, quando Rocanglia chegou à linha de fundo e fez inversão longa
de bola buscando a penetração de Rojo pelo lado esquerdo da grande área rival.
Aos 32 da fase inicial, a defesa albiceleste demonstrou qualidade na execução
da transição com bola no chão, trocando passes, quando saiu jogando com bola de
pé em pé, desde o arqueiro Romero, passando por Otamendi, Garay e Roncaglia.
“O único inconveniente do
jogo pro Tata Martino é que ele não pôde testar a defesa, que em nenhum momento
foi incomodada”. (Lédio Carmona, comentarista dos canais Sportv, ao analisar os
primeiros 45 minutos)
Na zaga, Garay foi mais
seguro e prudente que seu companheiro Nicolás Otamendi, que se complicou em três
lances no mano a mano com Marcelo Moreno. Dois nas proximidades do grande
círculo, quando levou cartão amarelo, e outro na beirada direita da defesa
argentina, aos 11 do segundo tempo.
Detalhe: No segundo tempo,
Tata Martino colocou Milton Casco na lateral direita, na vaga de Facundo
Roncaglia. Sim, isso mesmo, mas o DT celeste y blanco não inventou nada. No
Newell’s Old Boys que ainda contava com Leonel Vangioni na lateral esquerda, o
versátil Casco atuava na lateral direita.
Fazendo a projeção referente
à provável escalação desejada pelo técnico argentino para a Copa América do
Chile: Messi substitui Lavezzi, Mascherano ocupará posto que ontem foi do
xeneize Gago; Aguero larga na frente de Tevez e Higuaín por vaga no comando do
ataque; Banega e Biglia disputam uma vaga (ou Tata vai com os dois?); e Javier
Pastore indica conquistar cada vez mais um lugar no setor de meia cancha, atuando
a frente de dois volantes (Mascherano e Biglia) ou pela meia esquerda, com, por
exemplo, Banega na meia direita.
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