segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Análise tática da Lusa na vitória sobre a Ponte Preta

Portuguesa 2 x 1 Ponte Preta

Sexta-feira, 28 de outubro de 2011


33ª Rodada do Campeonato Brasileiro da Série B


Local: Estádio Dr. Oswaldo Teixeira Duarte (Canindé)


Portuguesa


1- Weverton; 2- Luis Ricardo, 3- Leandro Silva, 4- Renato e 6- Marcelo Cordeiro; 5- Boquita (16- Junior Timbó – 33’/2ºT), 7- Henrique (13- Jaime – 42’/2ºT), 8- Guilherme e 11- Edno; 9- Ananias (14- Raí – 30’/2ºT) e 10- Marco Antonio


Técnico: Jorginho


Ponte Preta


1- Julio Cesar; 2- Patric (17- Thiago Luis – 36’/2ºT), 3- Leandro Silva, 4- Ferron e 6- João Paulo; 5- João Paulo Silva, 7- Josimar, 8- Caio (18- Lucio Flavio – 15’/2ºT) e 10- Renatinho; 9- Ricardo Jesus e 11- Ricardinho (16- Gerson – 30’/2ºT)


Técnico: Gilson Kleina


Uma marca registrada deste time comandado pelo técnico Jorginho – e observada nesta vitória sobre a vice-líder Ponte Preta é o comprometimento tático - também sem a bola - por parte do trio de frente formado por Ananias, Edno, e principalmente pelo incansável e polivalente Henrique (volante, meia , e atacante). Eles auxiliam bastante o trio de meia cancha formado por Marco Antônio, Guilherme e Boquita, na marcação sobre as ações de ataque das equipes adversárias.
Quando a Portuguesa retoma a posse de bola, a trinca Edno, Ananias e Henrique com apoio criativo de Marco Antônio, “assinam” jogadas de intensa movimentação, rápidas e agudas pelos flancos, ou através de tabelas e triangulações compactas dentro do campo ofensivo da Lusa.

Nesta vitória sobre a Macaca que praticamente garantiu a Lusa o título de campeã da série B em 2011, o técnico Jorginho colocou em campo três jogadores revelados na base da Portuguesa. Os titulares, Guilherme (20 anos) e Henrique (20 anos), e o zagueiro Jaime (21 anos), que entrou no final da segunda etapa.


Diagrama tático correspondente ao primeiro tempo da Portuguesa:
Um flexível 4-3-3 em virtude do grande dinamismo tático (intensa movimentação ofensiva e constante colaboração na marcação) dos 4 jogadores mais ofensivos da Lusa. Refiro-me a Marco Antônio, Henrique, Edno e Ananias. A partir do 4-3-3 observamos também o 4-2-3-1, e sem a bola, o 4-5-1.
A dupla de zaga da Lusa, Leandro Silva e Renato, inverteram o posicionamento durante a partida. Na primeira etapa Renato atuou mais pelo lado esquerdo da defesa rubro-verde, e na etapa final, inverteu o posicionamento com o camisa 3 Leandro Silva.
O time rubro-verde que começou a partida exercendo uma marcação adiantada - não sustentada no decorrer dos 90 minutos – seu organizou taticamente (com a posse de bola) a partir do seu 4-3-3 com variação para o 4-2-3-1.
Sem a posse de bola, a Portuguesa formou um 4-5-1, geralmente com o Edno como o jogador mais adiantado da equipe.
O 4-3-3 aplicado pela Lusa no início da pelea frente à Macaca se apresentou bastante dinâmico devido à intensa movimentação dos jogadores de meio campo e ataque, com e sem a posse de bola.

Os volantes, Boquita e Guilherme mudavam de lado por dentro da cancha, tanto para se revezarem na aproximação aos quatro homens mais adiantados – Marco Antônio, Ananias, Henrique e Edno – quanto no posicionamento a frente da linha de 4 defensores da Lusa. Sendo que o camisa 8 Guilherme, foi mais produtivo dentro da intermediária ofensiva da Portuguesa do que Boquita, mais contido nos avanços sobre o campo defensivo da Ponte Preta. Principalmente no segundo tempo de jogo, Guilherme foi mais participativo na frente do que o bom meia Marco Antônio, valendo dizer que o ex são-paulino esteve técnica e taticamente abaixo do que pode render.
Praticamente só através das bolas paradas foi que o camisa 10 Marco Antônio conseguiu acionar o trio de frente formado - com a posse de bola - por Edno, Henrique e Ananias.
A saída de bola da Lusa foi facilitada dentro da sua intermediária defensiva devido à marcação frouxa da Ponte Preta, e mesmo assim, o time do técnico Jorginho abusou da ligação direta em bolas longas executadas pela sua zaga, principalmente pelos pés do zagueiro Renato, mais técnico do que Leandro Silva, seu companheiro no miolo de defesa da Lusa. Lembrando que a dupla de zaga Rogério e Mateus não foi a campo nesta vitória da Portuguesa por 2 a 1 sobre a Macaca.
Jorginho não pode contar com Rogério (séria lesão de joelho, só retorna em 2012) e Mateus, com dores musculares na coxa direita.
O camisa 3 Leandro Silva foi a referência ofensiva da Lusa nas jogadas de bola parada, e o camisa 4 Renato foi o zagueiro que trabalhou mais com a bola pelo chão, pois apresenta mais qualidade técnica para sair jogando, efetuando o passe longo ou conduzindo a bola até as proximidades do grande círculo central executando o passe curto para que os volantes e o meia Marco Antônio dêem seguimento na jogada.


Como a Ponte Preta se postou recuada esperando a Portuguesa dentro do seu campo defensivo, os volantes Boquita, Guilherme, e o meia Marco Antônio se adiantavam buscando o lado oposto da cancha ficando muito distantes dos seus zagueiros e do goleiro Weverton, que sem a possibilidade do jogo compacto através da troca aproximada de passes, passaram a rifar a bola em direção ao campo adversário. Como mencionei acima, o meia Marco Antônio não viveu uma noite inspirada, e recebeu pouco a primeira ou segunda bola na transição da Lusa de sua defesa para o ataque.

Edno que começou a partida posicionado mais pelo lado esquerdo do campo ofensivo da Lusa, após os 12 minutos do primeiro tempo, também passou a se oferecer para as tramas de frente, se movimentando em direção ao lado direito do ataque rubro-verde. Do lado direito Edno fez belo cruzamento para Marco Antônio obrigar ao goleiro da Ponte, Julio César, a executar importante defesa com 16 minutos de bola rolando.

No lance seguinte, aos 17 minutos do primeiro tempo, aberto pelo lado esquerdo, Edno – melhor jogador em campo – fez outro ótimo cruzamento para dentro da área da Ponte Preta, e o camisa 9 Ananias abriu o marcador para a Portuguesa. O baixinho Ananias atuou mais centralizado dentro da identificada ‘linha’ de três homens de frente da Lusa, com o camisa 7 Henrique mais a direita, e o camisa 11 Edno pelo setor esquerdo do ataque rubro-verde.
O incansável e jovem camisa 7 Henrique, 20 anos (15/12/1990), cria da base rubro-verde, realizou importante contribuição aos volantes Boquita e Guilherme na marcação da Lusa em seu setor de meia cancha no combate ao quarteto mais ofensivo escalado pelo treinador Gilson Kleina, formado por Renatinho, Caio, Ricardinho e Ricardo Jesus.


Boquita e Guilherme foram poucos efetivos na tarefa de promover a saída de bola da Lusa, e o auxílio de Henrique foi fundamental quando a portuguesa era atacada pela equipe campineira, por dentro e principalmente pelo lado direito da sua defesa. Se o Edno – sem a bola – fechava o lado esquerdo em auxílio ao lateral esquerdo Marcelo Cordeiro, pelo lado direito, Henrique recuava até o campo defensivo da Lusa para auxiliar não só os seus volantes e miolo de zaga, mas também ao lateral direito Luis Ricardo, contra as incursões de Patric, Renatinho e Ricardo Jesus.

Os laterais da Lusa fizeram uma partida discreta ofensivamente (salvo o bom passe de Luis Ricardo para Henrique no 2º tempo), preocupados em proteger os seus flancos dos avanços de Patric e João Paulo, respectivamente, lateral direito e lateral esquerdo da Ponte Preta, e também porque o trio de ataque - principalmente Edno - aprofundou pelos lados do campo de forma satisfatória as tramas ofensivas da Portuguesa.
Aos 22 minutos de jogo a Portuguesa tinha 55% de bola contra 45% da Macaca, e aos 24 minutos da primeira etapa em lance de bola parada pela esquerda do ataque da Lusa, após cobrança efetuada pelo meia Marco Antônio, novamente Ananias, desta vez aproveitando a chamada ‘segunda bola’ após rebote da zaga adversária, marcou o seu segundo gol na partida e decretou no placar, Portuguesa 2 x 0 Ponte Preta.
A ligação entre defesa e ataque da Portuguesa continuou sendo efetuada mais pelas bolas longas dos zagueiros e laterais, e menos através dos pés dos meio campistas Boquita, Guilherme e Marco Antônio, porém foi possível observar também a boa aproximação entre Henrique e Ananias em tramas ofensivas da Lusa.

Diagrama tático correspondente ao 4-1-4-1 da Lusa no segundo tempo depois das duas primeiras modificações realizadas pelo técnico Jorginho após a Ponte Preta diminuir a vantagem da Portuguesa no placar:
Na etapa final o técnico Jorginho substituiu o meia Ananias pelo lateral esquerdo Raí, o volante Boquita pelo meia Junior Timbó, e a Lusa que a partir de então se posicionou na cancha de jogo através do desenho tático 4-1-4-1, passou apostar mais nos contragolpes, com Guilherme mais recuado, posicionado a frente da linha de 4 defensores, Junior Timbó, Marco Antônio, Henrique e Raí formando uma segunda linha de 4 jogadores,e na frente apenas o camisa 11 Edno.
Destaco a entrada do camisa 14 Raí que compôs esta segunda linha de 4 atletas da Lusa, fechando – sem a bola - o lado esquerdo da defesa em auxílio ao camisa 6 Marcelo Cordeiro, e fazendo uso do passe longo buscando a projeção ofensiva do meia Marco Antônio, e principalmente do Edno, jogador da Portuguesa posicionado mais próximo a grande área adversária.
O papel tático desempenhado pelo Raí evitou um desgaste físico maior do Edno e do Marco Antônio, que passaram a se deslocar menos para cobrir o setor esquerdo da Lusa, e com isso puderam colaborar mais com a marcação sobre o adversário por dentro do campo.


Jorginho ainda colocou em campo o zagueiro Jaime em lugar de Henrique, aos 42 minutos da etapa final, e a prioridade dada aos contragolpes permitiu a observação de uma Lusa no 5-4-1 até o apito final do árbitro Paulo Cesar de Oliveira.
Após o gol da Ponte Preta aos 17 minutos da etapa final, quando Lúcio Flávio concluiu de cabeça falta cobrada por João Paulo, o técnico Jorginho mexeu na equipe, organizou a Lusa a partir de um 4-1-4-1 reforçando o lado esquerdo da sua defesa com a entrada de Raí, e passou a apostar mais nos contragolpes.



Flagrantes táticos
Identificando o trio de ataque que compôs o 4-3-3 predominante no primeiro tempo.


Flagrante da intensa movimentação ofensiva da Lusa que além de Edno, Ananias e Henrique, também incluí o meia armador e camisa 10, Marco Antônio.

Flagrante da movimentação defensiva da Lusa em lance que o atacante da Macaca, Ricardo Jesus, obrigou o goleiro Weverton a realizar grande defesa quando a partida ainda estava empatada em 0 a 0.

Para encarar o Tigre hoje à noite em Criciúma, Santa Catarina

Além do jovem zagueiro Jaime que disputa vaga na zaga com Diego – ambos crias da Lusa – para substituir o suspenso Leandro Silva, o treinador Jorginho irá escalar o volante Rai – também formado na base rubro-verde - na partida desta terça-feira às 20h30min, contra o Criciúma no estádio Heriberto Hulse.

A Portuguesa deverá entrar em campo hoje à noite contra o Tigre de Santa Catarina no Majestoso, com a seguinte escalação:
Weverton, Luis Ricardo, Renato, Jaime (Diego) e Marcelo Cordeiro; Rai, Guilherme, e Marco Antônio; Henrique, Ananias e Edno.




terça-feira, 25 de outubro de 2011

Leão no São Paulo: Resumo do que escrevi no twitter e facebook

O técnico Emerson Leão comandou o São Paulo na última conquista estadual do clube,em 2005. E mesmo conquistando o título estadual daquele ano, Leão deixou o São Paulo em condições de conquistar a Libertadores no mesmo ano. Paulo Autuori deu seguimento ao trabalho, e além da Copa Libertadores, também conquistou a Copa Intercontinental ao derrotar o Liverpool pelo placar de 1 a 0, com gol do volante Mineiro.
Sobre o bom começo de Libertadores do São Paulo sob o comando de Emerson Leão, vale ressaltar que muito treinador rotulado como "top" pela imprensa, jura ser quase impossível ir bem no estadual e fazer também uma boa Copa Libertadores, e vice-versa.
Vejo este discurso como a "muleta" dos chamados "grandes treinadores", que repetem este mantra de que o clube tem que escolher uma competição, e usando um termo da moda, focar seus esforços apenas nela.



Foto do elenco campeão estadual 2005:





Campanha do São Paulo dirigido pelo técnico Emerson Leão, campeão estadual de 2005:
45 pontos ganhos em 19 jogos.
14 vitórias; 
3 empates;
Duas derrotas;
49 gols pró;
21 gols contra;
28 saldo de gols.
Artilheiro do time na competição - Diego Tardelli (12gols).


Diagrama tático ilustrativo referente ao 3-5-2 (3-4-1-2) do São Paulo dirigido por Leão na conquista do estadual de 2005:


Esta foi a escalação do São Paulo no empate em 0 a 0 com o Santos. Resultado este que deu o título estadual ao São Paulo com duas rodadas de antecedência:

Rogério Ceni; Fabão,Lugano, e Edcarlos; Cicinho,Mineiro,Josué,e Júnior; Danilo; Grafite e Diego Tardelli.

PS: Ainda participaram daquele título paulista do São Paulo 2005, entrando inclusive no decorrer daquele empate com o Santos, jogadores como: Jean, Marco Antônio (atualmente na Lusa), Renan, o já aposentado atacante Luizão, na época, prestes a completar 30 anos, e Fabio Santos. 



Os números de Leão no São Paulo, entre 2004 e 2005:



* 45 Jogos


* 27 vitórias


* 12 empates


* 6 derrotas


* 103 gols pró


* 46 gols contra


* 68,8 % aproveitamento


* Leão assumiu o São Paulo no segundo semestre de 2004. Pegou a equipe das mãos do técnico Cuca em sétimo na tabela, e a levou até o terceiro lugar no Brasileirão  daquele ano, garantindo vaga na Copa Libertadores de 2005.





Fonte: Portal globoesporte.com


Confira aqui a tabela completa do campeonato paulista de 2005





Imagens da conquista são-paulina no estadual de 2005:






Diagrama tático ilustrativo sobre um possível São Paulo no 3-5-2 (3-4-1-2) para esta reta final do Brasileirão 2011:


Quando sugiro que o técnico Leão poderá se utilizar do "mesmo" 3-4-1-2 que aplicou no São Paulo campeão estadual de 2005, não tenho a pretensão de igualar em qualidade os dois elencos (2005 e 2011).
Os alas da conquista estadual de 2005, Cicinho e Junior, eram também altamente importantes na organização das tramas ofensivas, devido a capacidade técnica (e leitura do jogo) que possuiam para produzirem jogadas por dentro da cancha (como dubles de meias ou em diagonais) auxiliando ao meia armador Danilo, hoje no Corinthians.

Já os atuais encarregados pelos flancos, Pires e Juan, não possuem uma qualidade técnica que lhes permitam oferecer ao treinador sao-paulino a mesma versatilidade tática que os campeões de 2005, Cicinho e Júnior. Talvez o Juan de 2008 no Flamengo tenha produzido algo próximo disso.


Também naquele São Paulo campeão estadual em 2005, Emerson Leão teve mais opções para o ataque,com Grafite,Tardelli,e o experiente Luizão.


Leão tem a sua disposição no São Paulo de hoje, dentre os jogadores que relacionou para a partida de volta contra o Libertad do Paraguai pela Copa Sulamericana 2011, um Luis Fabiano que ainda busca se recuperar na parte física e técnica, Fernandinho, o ainda promessa, William José, e Dagoberto.




Pensando no jogador do atual elenco são-paulino com melhor perfil para organizar as tramas ofensivas do time a partir da meia cancha, o meia Marcelo Cañete, recém recuperado de uma lesão muscular na coxa esquerda que o tirou dos gramados por sete semanas, é o melhor nome a disposição do técnico Emerson Leão. Principalmente, se levarmos em conta a grande possibilidade do novo treinador do tricolor paulista não desejar contar com Rivaldo para o restante deste campeonato brasileiro. Rivaldo sequer foi relacionado para viajar ao Paraguai, e portanto está fora da partida contra o Libertad nesta quarta-feira.
Como geralmente se percebe no jogador argentino, o habilidoso Cañete, também se compromete mais taticamente, quando o seu time está sem a posse de bola, do que os meias de criação brasileiros.



PS: No diagrama tático ilustrativo correspondente ao São Paulo de 2011, não citei como titulares, os nomes de Rivaldo e Dagoberto, devido a postura de corneteiros que estes dois jogadores vem apresentando dentro do clube, o que provavelmente irá prejudicá-los na busca por uma vaga neste São Paulo, a partir de agora dirigido por Emerson Leão. Por isso, e também pelo fato do enganche argentino Marcelo Cañete estar retornando de contusão, citei o Marlos como titular nesta especulação tática que destaco no post.





domingo, 23 de outubro de 2011

Flagrantes táticos do Botafogo de Caio Jr. e Felipe Menezes na derrota para o Avaí

Ontem, na derrota para o Avaí por 3 a 2, Caio Jr. optou por escalar Felipe Menezes e deixar Elkeson no banco de reservas. Ao meu ver a opção técnica e tática do treinador do Botafogo não funcionou na Ressacada.
Felipe Menezes é mais lento que o Elkeson, e ontem, não reeditou a sua boa atuação contra o Corinthians, ao não compensar esta diferença de dinâmica de jogo com relação ao camisa 9 alvinegro, com passes verticais produtivos*, como por exemplo, o volante Renato, que também não tem a velocidade como elemento de referência do seu futebol, mas sabe ler um jogo e organizar um time como poucos jogadores na sua função.
Felipe Menezes não se movimentou ofensivamente como o ex-titular Elkeson costuma fazer (e fez na segunda etapa) e não auxiliou na marcação no setor de meia  cancha com a mesma agilidade e constância do ex rubro-negro baiano que começou a partida no banco de reservas, por opção do técnico Caio Jr.


Com Felipe Menezes em campo no primeiro tempo, o Botafogo foi mais 4-3-3 do que 4-2-3-1, pois o camisa 10 alvinegro não se aproximou ou sequer trocou de posicionamento com Herrera, com a mesma intensidade que o Elkeson costuma desempenhar, ou seja:
Com Herrera mais preso e isolado do lado direito do ataque alvinegro(Lucas pouco avançou no primeiro tempo tentando em vão, conter ataque do Avaí*), e Felipe Menezes pouco produtivo na armação de jogadas, e posicionado longe do Abreu e do sobrecarregado argentino, o camisa 10 acabou nem auxiliando o Renato na organização das tramas de ataque da equipe alvinegra, como também diminuiu o poder ofensivo do Botafogo, não possibilitando a formação de um dinâmico quarteto de frente, o que ocorre quando Elkeson está em campo, e atuando juntamente com Herrera, Maicosuel, e Loco Abreu. Mesmo com Elkeson não vivendo seu melhor momento técnico.
As palavras do zagueiro Antonio Carlos na saída para o vestiário durante o intervalo de jogo, quando o Botafogo perdia por 2 a 1, explicam bem o que faltou ao Felipe Menezes, e consequentemente ao time de General Severiano nos primeiros 45 minutos:
"O meia deles chega dentro da área.Essa é a diferença"

*passes verticais produtivos - O melhor momento de Felipe Menezes na partida foi o lançamento que o camisa 10 alvinegro realizou e encontrou a cabeça de Loco Abreu. Na conclusão da jogada, Herrera perdeu ótima oportunidade para o Botafogo no primeiro tempo de partida. 

Confira abaixo alguns flagrantes táticos da atuação do meia Felipe Menezes e percebam o quanto ele atuou afastado do trio Maicosuel, Herrera e Abreu, e próximo aos volantes, Marcelo Mattos e Renato. Até aí nenhum problema. Apenas a constatação de uma variação tática no time de Caio Jr. que funcionou melhor contra o Corinthians. No entanto, ontem, esta variação tática não deu liga
O desenho tático do primeiro tempo alvinegro ter sido mais 4-3-3 ou 4-4-2 (Maicosuel também recuava para tentar gerar tramas que o apagado Menezes não conseguia gerar) do que o 4-2-3-1 não foi o problema maior do Botafogo na derrota para o Avaí, mas sim a falta de criatividade do camisa 10 de Caio Jr. quando o time detinha a posse de bola e a sua pouca contribuição na marcação mesmo que ele tenha atuado próximo aos volantes e até mais recuado que um dos dois, como no flagrante tático 03(confira abaixo), quando podemos visualizar o Marcelo Matos à frente do Felipe Menezes, demonstrando que o meia até procurou jogo, mas definitivamente não estava em uma tarde inspirada. Felipe Menezes lembrou os momentos mais sonolentos do ex-camisa 10 alvinegro, Lúcio Flávio. 

Flagrante tático 01

Flagrante tático 02

Flagrante tático 03

No flagrante tático destacado abaixo, em raro momento do 4-2-3-1, esta organização tática foi muito menos dinâmica ( sem a característica movimentação do quarteto de frente, com a posse de bola), e portanto, menos produtiva ofensivamente do que se a opção do técnico Caio Jr. fosse escalar de início, o meia Elkeson ao lado de Maicosuel, Abreu, e Herrera. Foi um 4-3-3 sem a inspiração devida do jogador (Menezes) escalado para fazer o time jogar, em parceria com o volante Renato.

No segundo tempo, Caio Jr. sacou o sobrecarregado Herrera que deveria ter tido o apoio ofensivo adequado do Felipe Menezes (aproximação ou passes longos) e colocou o camisa 9 Elkeson mais aberto pelo lado direito. Adiantou Renato para que o volante organizasse o time em um posicionamento mais adiantado, formando linha de 3 meias com Elkeson e Maicosuel. Ao lado de Marcelo Mattos, Leo, bom volante e ex-Santa Cruz, completou a formação de um 4-2-3-1 real, e ofensivo.
Renato não só gerou mais jogo e se aproximou mais do trio Maicosuel, Abreu e Elkson, do que o Felipe Menezes havia feito na primeira etapa, como também foi mais produtivo na marcação de meia cancha do que o camisa 10 de Caio Jr, quando era o time do Avaí que detinha a pelota.

Com a expulsão de Lucas (lateral do Botafogo se complicou na partida com investidas de Robinho e Cleverson pelo seu setor) o Avaí chegou ao gol da vitória em um rebote do goleiro Jefferson onde a bola sobrou para os donos da casa justamente no lado direito da grande área alvinegra, inferiorizada numericamente após a expulsão do seu camisa 2, como podemos observar nas dois flagrantes táticos abaixo:

Com base nas atuações irregulares de Felipe Menezes, acredito que o futebol apresentado pelo bom meia armador Renato Cajá, que retornou a Ponte Preta e arrebentou no dérbi campineiro realizado semana passada (confira aqui), anda fazendo falta ao Botafogo, pois o vejo como melhor opção técnica, e mais versátil taticamente que o atual camisa 10 do alvinegro carioca. Cajá é mais veloz, mais habilidoso e pode render melhor tanto por dentro do campo próximo aos volantes, como no 4-3-3, no 4-3-1-2, como também no 4-2-2-2 ou posicionado aberto a partir dos flancos, formando trio de meias, como por exemplo, dentro do 4-2-3-1. Justamente são estas duas últimas variantes táticas que este atual Botafogo não vem conseguindo aplicar com igual rendimento.

Vale lembrar que adotando o 4-2-3-1 escalado com o quarteto de frente formado por Elkeson, Maicosuel, Herrera e Loco Abreu, o Botafogo terminou a primeira metade do Brasileirão 2011 com um aproveitamento de 59,6% após uma boa vitória sobre o Fluminense pelo placar de  2 a 1, em partida válida pela 19ª rodada. 

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Tributo ao 4-2-3-1 do Botafogo - Flagrantes táticos

Me sinto na "obrigação" de escrever este post e assumir que considero o Botafogo o time que mais me agrada ver jogar neste Brasileirão 2011, porque declarei recentemente, principalmente nos programas em que participei no canal Esporte Interativo, que o trabalho do técnico Caio Jr. no Flamengo não me agradou, e que achava pouco provável o sucesso deste treinador no comando técnico do alvinegro carioca, com o elenco que ele encontrou ao chegar à General Severiano.


Na última segunda-feira, dia 17 de outubro, ao participar do programa "Bem Amigos" do canal Sportv, o técnico Caio Jr. decretou: "O Botafogo não atua no 4-4-2. O Botafogo atua no moderno 4-2-3-1".

Pois bem, neste 4-2-3-1 do alvinegro carioca dirigido por Caio Jr. o posicionamento de referência dos jogadores em campo está representado no diagrama tático ilustrativo abaixo. Principalmente quando o Botafogo exerce o combate ao adversário, quando este busca sair do seu campo defensivo de posse da bola.
Elkeson costuma recuar pelo meio da cancha para colaborar com a marcação, posicionado próximo ao camisa 8 Renato, e ao camisa 5 Marcelo Mattos. Herrera normalmente busca bloquear o lado esquerdo do time adversário, se posicionando aberto pelo flanco direito do campo ofensivo alvinegro. Maicosuel procede da mesma forma, só que pelo flanco esquerdo de ataque do Botafogo, e o Loco Abreu é o primeiro alvinegro a dar combate na saída de bola adversária.

Porém, quando este Botafogo está de posse da bola a movimentação calcada na troca de posições entre o quarteto, Herrera, Elkeson, Maicosuel e Abreu é grande, principalmente entre o argentino, "cria da cantera canalla", e o jovem talento maranhense de Coelho Neto, o camisa 9, Elkeson. 
Confira nos flagrantes táticos extraídos da última vitória do alvinegro carioca neste returno do Brasileirão 2011:
Botafogo 2 x 0 Atlético PR, partida realizada no estádio do Engenhão, no último dia 16 de outubro.
Neste primeira imagem observamos a trinca de "meias" gerando jogo através da aproximação, buscando a compactação para uma segura troca de passes pela meia esquerda da sua intermediária de ataque, e abrindo o caminho para a participação ofensiva dos seus laterais. Neste caso, Maicosuel libera um corredor pelo flanco esquerdo para o avanço de Éverton, que contra o "Furacão", substituiu Cortês, lateral esquerdo titular. 


Vindo de trás, dando literalmente suporte técnico ao quarteto de frente, e com uma qualidade de passe e visão de jogo, que nos remetem aos grandes "camisas 8" entre as décadas de 60 e 80, o Botafogo conta com o excelente volante Renato. Neste flagrante, o segundo volante, Renato (6 assistências no Brasileirão), se posicionou a frente de Elkeson (8 assistências), e aberto pelo flanco direito, contou com o deslocamente e aproximação de Maicosuel, e a comum participação ofensiva da sua dupla de zaga.
Neste caso, o flagrante é com o zagueiro Fábio Ferreira, em um lance de bola rolando, e não apenas em uma jogada de bola parada, como é mais frequente na maioria dos times das táticas óbvias ou se preferirem, pouco ousadas.


Este flagrante tático é o mais fiel ao posicionamento de referência dos jogadores alvinegros dentro do 4-2-3-1 elaborado pelo técnico Caio Jr.
Marcelo Mattos mais a equerda e mais próximo a dupla de zaga que o camisa 8 Renato, posicionado mais a direita e mais próximo do trio de "meias", Herrera, Elkeson, e Maicosuel.
Neste lance Maicosuel de posse da bola e de costas para o gol adversário, fez o pivô para buscar a jogada associada com o lateral esquerdo Éverton que se projetava ao ataque, emulando o bastante ofensivo e titular, Cortês. 


Neste flagrante tático, já durante o segundo tempo da partida contra o Atlético PR, temos a movimentação e troca de posicionamento entre os 4 jogadores de frente do Botafogo. Herrera é o jogador mais avançado, Elkeson se livrou da marcação e se apresentou livre pelo lado direito, Loco Abreu aparece mais centralizado e mais recuado do que o de costume, e apenas Maicosuel (de posse da bola) está situado no lado do campo que é seu posicionamento de referência.
É nítida a vantagem do quarteto alvinegro, que além da posse da bola, enfrentaram neste lance o mesmo número de marcadores, sendo que nenhum dos 4 jogadores do Atlético PR estavam posicionados de frente para a bola, pois corriam de lado para a meta que defendiam.
O Botafogo é um time que pode atacar com seus principais homens de frente posicionados praticamente em linha, pois o seu treinador e o quarteto ofensivo alvinegro sabem que terão o suporte de jogadores como Renato, Lucas e Cortês, para que a bola chegue até eles com qualidade e por diferentes caminhos. Por dentro da cancha, ou pelos flancos. Em passes aproximados, ou bolas longas 'limpas', principalmente através do maestro Renato Dirnei Florêncio Santos, cria do Guarani de Campinas.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Se liga, Vasco! Perfil técnico e tático da la "U" que vem por aí!

O Argentino Jorge Sampaoli, DT da la "U"

O último adversário eliminado pela Universidad de Chile nesta Copa Sulamericana 2011 foi o Arsenal de Sarandi.
A la "U" venceu os dois confrontos contra a equipe argentina.
Na primeira partida, na Argentina, vitória da equipe chilena pelo placar de 2 a 1. Na partida de "volta" no Chile, a la "U" venceu por 3 a 0.
No campeonato chileno a Universidad de Chile segue líder do torneio Clausura com 10 pontos de vantagem sobre o Cobreloa, segundo colocado. Confira a tabela:


Diagramas táticos ilustrativos com base nas partidas frente ao Arsenal de Sarandí:

Na partida disputada na Argentina, o DT Argentina da la "U", Jorge Sampaoli repetiu o mesmo time e desenhos táticos que utilizou contra o Flamengo no Engenhão. Confira!


Na partida de volta, no Chile, contra o mesmo Arsenal de Sarandi, e com a vantagem do empate, Sampaoli levou a campo uma Universidad de Chile organizada através do 3-4-3 (3-3-1-3).
Esta formação titular e desenho tático pode variar para o 4-3-3, pois Eugenio Mena poderá também ocupar a lateral esquerda. O time chileno deverá explorar o lado direito da defesa vascaína, com as presenças pelo setor dos jogadores, Mena, Lorenzetti, e o revezamento do trio de atacantes, principalmente Castro e Vargas, realizando diagonais em direção a grande área vascaína. Confira diagrama tático:

O diário chileno "Prensa fútbol" aposta nesta escalação e formação tática destacada no diagrama acima, como a mais provável para a partida desta quarta-feira, em São Januário. Porém, o DT Jorge Sampaoli ainda não definiu oficialmente o time que começará jogando diante do Vasco. A principal dúvida de Sampaoli está em escalar o lateral/ala direito argentino Matías Rodriguez, como tem feito nas últimas partidas fora de casa (como no primeiro diagrama tático), ou optar por 3 atacantes, com a inclusão do argentino naturalizado chileno, Gustavo Canales.
Outra possibilidade seria escalar Matías Rodríguez na vaga de Osvaldo González, e optar por mais um meio campista (Guillermo Marino) ao invés de 3 atacantes. Aí teríamos um 4-4-2 menos flexível, com Matías Rodriguez e Mena nas laterais, e um losango de meia cancha formado por Marcelo Díaz, Charlles Aranguiz, Guillermo Marino e Gustavo Lorenzetti.


Se no atual torneio Clausura chileno, o atacante Francisco Castro é o goleador da la "U" na competição com 8 gols marcados, Eduardo Vargas lidera a artilharia da Copa Sulamericana com 7 gols. Confira:


O técnico Jorge Sampaoli e o enganche argentino Gustavo Lorenzetti opinaram sobre o Vasco:
"Jogaremos contra a melhor equipe do Brasil, temos que estar bem compenetrados na partida para tentarmos ser protagonistas contra uma equipe que é muita rápida, vertical e que seguramente buscará ser intransponível como local" (DT Jorge Sampaoli)

´´É o rival mais complicado que teremos. É muito agressivo quando de posse da bola e possui jogadores muito bons. Temos que estar 100% se quisermos obter um bom resultado." (Lorenzetti)



Confira agora o primeiro post que publiquei sobre a Universidad de Chile quando o time chileno se classificou para enfrentar o Flamengo dentro desta mesma Copa Sulamericana 2011:




Apesar de ter sofrido por vários anos convivendo com derrotas ao jogar no Brasil como visitante, inclusive uma derrota histórica para o Flamengo, quando foi goleada por 7x0 em confronto válido pela Copa Mercosul de 1999, nas últimas seis partidas que disputou em território brasileiro, a Universidad de Chile, só saiu de campo derrotada uma vez: Foram 4 empates, uma vitória, e uma derrota, nas últimas seis visitas ao nosso país.



Vale destacar que contra o Flamengo, pela Copa Libertadores 2010, a la “U”, então dirigida por Gerardo Pelusso, e comandada dentro das 4 linhas, pelo argentino Walter Montillo, conseguiu um empate (2x2) e uma vitória (3x2), jogando contra o rubro-negro carioca, em pleno estádio do Maracanã.


Restando ainda cinco rodadas para o término da primeira fase do torneio Clausura Chileno, a Universidad de Chile, após vencer o “Unión La Calera” por 3 a 2, se classificou para os playoffs do torneio Nacional, lidera a competição com 32 pontos em 12 jogos, 10 pontos a mais que o Colo Colo e o Audax Italiano (ambos dividem a segunda colocação com 22 pontos cada), e segue firme na busca do bicampeonato.


Os artilheiros da la “U” no atual Clausura são o atacante Francisco Castro (7 gols), o meia de criação Gustavo Lorenzetti (6 gols), e o veloz atacante Eduardo Vargas (5 gols). O time comandado por Sampaoli conquistou o torneio Apertura realizado no primeiro semestre de 2011, e o artilheiro da equipe na competição foi o atacante Gustavo Canales com 11 gols assinalados.


A la “U” dirigida pelo argentino Jorge Sampaoli, começou o Clausura de forma arrasadora, conquistando 9 vitórias consecutivas, mas caiu um pouco de produção a medida em que dividiu as atenções com as partidas válidas pela Copa Sul-Americana, já que passou a mesclar titulares e reservas nos confrontos nacionais.


Depois do destacado bom início dentro do campeonato nacional, “los azules” empataram por duas vezes antes da vitória sobre o “Union La Calera” na última rodada: Santiago Wanderers (1x1) e Deportes Iquique (2 x 2)


Jogadores da Universidad de Chile, equipe protagonista na posse de bola e que busca recuperar a marca recente de 10 situações de gol criadas por partida, declararam que estão bem fisicamente, portanto, em plenas condições para suportar bem os 90 minutos contra o Flamengo, no estádio Olímpico João Havelange, nesta quarta-feira as 21h50min.


O DT Sampaoli tem organizado taticamente a Universidad de Chile variando entre o 4-3-3 (4-2-1-3), o 3-4-3 (3-3-1-3), e destacadamente o 4-4-2 (4-3-1-2) com variação para o 3-5-2 (3-4-1-2).


Assim “los azules” vem atuando dentro da Copa Sul-Americana 2011:


Na fase “local” da Copa Sul-Americana, contra o também chileno, Deportes Concepción, a la “U” se classificou para a fase seguinte após empate por 2 a 2 e vitória por 2 a 0.


Depois, contra as equipes uruguaias, Centro Atlético Fênix, e Nacional de Montevideo, a Universidad de Chile obteve 3 vitórias e um empate. Marcou 4 gols e não sofreu nenhum, destacando até aqui uma boa solidez defensiva do time dirigido por Sampaoli.


 Registrando que no atual torneio Clausura chileno a Universidad de Chile é com folga, a defesa menos vazada, pois sofreu 8 gols, enquanto que no segundo posto, com 13 gols sofridos cada um, estão empatados o Cobreloa, o Deportes La Serena, a Universidad Católica, e Unión Española.


Gustavo Lorenzetti será "outro Montillo" no caminho rubro-negro?


O Flamengo deverá ficar atento ao canhoto enganche argentino Gustavo Lorenzetti, 26 anos, 1,64 de altura, cria do Rosário Central, que apresenta como principais qualidades o bom passe vertical, destacado arremate de fora da área, satisfatória visão de jogo para organizar a equipe a partir da meia cancha, e habilidade em velocidade.


Confira lances do canhoto enganche argentino, Gustavo Lorenzetti:



Diagramas táticos ilustrativos


Possível escalação da Universidad de Chile com base no 3-4-3(3-3-1-3)



(25)Johnny Herrera; (2)Marcos Gonzalez, (4) Osvaldo Gonzalez e (13)José Rojas; (20)Aranguiz, (21)Diaz e (3)Mena; (22)Lorenzetti; (16)Castro, (17)Vargas e (11) Gallegos.

Provável escalação da Universidad de Chile contra o Flamengo, com base nos mesmos nomes e esquema tático(4-3-1-2 com variação para o 3-4-1-2) utilizados frente ao Nacional de Montevideo, no Uruguai:

(25)Johnny Herrera; (6)Matías Rodríguez, (2)Marcos Gonzalez, (4)Osvaldo Gonzalez e (13)José 'Pepe' Rojas(capitão); (20)Charles Aránguiz, (21)Marcelo Diaz e (3)Eugenio Mena; (22)Gustavo Lorenzetti; (16)Francisco Castro e (17)Eduardo Vargas.


Abaixo apresento um flagrante tático da Universidad de Chile em sua última partida contra o Nacional de Montevideo, evidenciando a flexibilidade de seu 4-3-1-2, que no transcorrer do jogo também ganha a forma de um 3-4-3 (3-4-1-2):


 
Elenco que possibilita protagonismo na posse de bola e versatilidade tática


A la "U" promove qualificadas tramas em velocidade a partir dos passes verticais (médios/longos) executados pelo seu enganche Gustavo Lorenzetti. Este meia argentino canhoto é o principal responsável por acionar os ágeis atacantes Castro e Vargas, para que estes se desloquem através de diagonais em direção a grande área rival. Lorenzetti também aciona o coringa de meia cancha, Aránguiz, que possui boa chegada a frente, e os "laterais azuis", principalmente, o bastante ofensivo, Eugênio Mena, pelo flanco esquerdo, gerando assim, tabelas e triangulações que caracterizam o volume de jogo da Universidad de Chile, equipe que busca tomar a iniciativa de jogo, porque é um time que deseja a posse de bola.

O camisa 2, Marco González, e o camiseta 4, Osvaldo González, são os nomes de referência para a conclusão em gol dentro da área adversária nas jogadas de bola parada executadas pela la "U", e a atual dupla de ataque titular, formada por Eduardo Vargas e Francisco Castro, possui bastante mobilidade ofensiva, com constantes deslocamentos pelos dois lados da grande área adversária, e recuando para se oferecerem como opção de tabela para os homens que chegam detrás, como, Lorenzetti, Charles Aránguiz, Mena, e Guillermo Marino, outro argentino de meia cancha, boa opção do DT Jorge Sampaoli. 


Vale destacar, além da provável escalação do habilidoso e veloz segundo atacante Eduardo Vargas, já conhecido dos rubro-negros*, a versatilidade tática de jogadores como Charles Aranguiz, que pode jogar em todas as posições de meia cancha, Matias Rodríguez, argentino cria do Boca Juniors, que pode atuar como lateral dos dois lados do campo, como zagueiro, e também como volante, e Alejandro Acevedo, que pode atuar como volante central ou zagueiro.
Outro argentino no elenco da la "U" é o volante Guillermo Marino, cria do Newell's Old Boys, e que costuma render melhor quando atua pelos lados do campo, apesar de originalmente ser um meia de criação.
* O atacante Eduardo Vargas atuou contra o Flamengo na Copa Libertadores 2010, e nesta Sul-Americana 2011 é o vice artilheiro da competição com 3 gols assinalados até  o momento.
Outros jogadores que também atuaram contra o rubro-negro carioca na Libertadores 2010, foram: O argentino lateral direito e volante, Matías Rodríguez, e o atual capitão do time, zagueiro e lateral esquerdo, José 'Pepe' Rojas.


Vice artilheiro no torneio Apertura 2011 com 11 gols marcados, o atacante argentino naturalizado chileno, Gustavo Canales (cria do Gimnasia y Esgrima La Plata), em fase final de recuperação de uma lesão no tendão de Aquiles, não viajou nesta segunda-feira com a delegação da Universidad de Chile para o Rio de Janeiro, e portanto, está fora do primeiro confronto contra o Flamengo.
Segundo o diário chileno "El Mercurio" o motivo da ausência de Canales na delegação que viajou hoje rumo ao Brasil, teria sido uma resposta do DT Sampaoli ao ato de indisciplina do jogador que ao saber que não seria escalado de início contra o Flamengo, teria deixado de participar de alguns exercícios durante o treinamento de "los azules".




“Os favoritos somos nós (…) nossa obrigação é buscar o resultado no Brasil, e aqui (...) É um rival que vem de vencer partidas ante adversários difíceis, porém, aqui somos ponteiros, estamos bem e recuperando jogadores(lesões). Somos um rival perigoso”.


(Jorge Sampaoli, DT Argentino que dirige a Universidad de Chile)


Sampaoli declarou ainda que se a la “U” lograr a posse de bola para através dela manter sua  qualificada intensidade de jogo, terá pela frente um Flamengo “acessível”, ou seja, um time que não costuma exercer forte marcação sobre os seus oponentes, pois geralmente deixa o adversário jogar.


A Universidad de Chile conta com 5 argentinos em seu elenco atual.



São eles:


- Matías Rodríguez (zagueiro/volante) - Formado na base do Boca Juniors.


- Gustavo Lorenzetti (enganche) - Formado na base do Rosário Central.


- Guillermo Marino (volante/meia) - Formado na base do Newell's Old Boys.


- Diego Rivarola (atacante) - Formado na base do River Plate.


- Gustavo Canales (atacante) - Formado na base do Gimnasia y Esgrima La Plata.